quinta-feira, 13 de novembro de 2008

... expandindo...

acordar cedo e ver o sol como se o sol fosse a cabeça em cima do meu pescoço e o pescoço é um oitavo do caminho que o sol leva para chegar até o chão. e ele reflete na água que eu vou jogando para trás, fazendo força para que eu mesma avance alguns metros. e respire fazendo valer cada segundo, cada olhar para o lado.

sair descalça para atravessar a rua e não pensar em daqui a cinco minutos, ainda que eles venham: um atrás do outro e, de cada cinco em cada cinco, eu anoiteço. e comigo, toda a minha cabeça que parece crescer em velocidade grande por hora, que quer olhar as coisas maiores que de tão grandes, me fazem cega.

expandir é a palavra que eu mais procuro entender nesse momento.

Dê-me uma epifania.
(essa sou eu, falando com aquela de dentro, que às vezes briga comigo, mas que me cuida, me orienta, ainda que erre um tiquinho.)

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