quinta-feira, 28 de maio de 2009

Pra mim, foi inédito.

E não é que o motorista do 125 parou fora do ponto para um velhinho que fez sinal e só andou com o ônibus depois que ele e o outro velhinho - que aproveitou o ensejo e deu uma corridinha para alcançar - passaram da roleta.

Não, o sinal não estava fechado; a luz só ficou vermelha, inclusive, depois que eles subiram.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

no caminho

Pisava nas pastilhas do chão do Centro sem percebê-las. Por quanta coisa, aliás, uma pessoa é capaz de passar, em cima de quantas pastilhas se pisa ao longo de um ou dois dias?

Lembro que um dia decidi não deixar mais de perceber o que me rodeava: sorriria para cada um, cheiraria cada flor. Pularia cada linha do chão e não me esqueceria de olhar o céu.

Até que ainda esqueço, mas hoje eu lembrei. Olhei a rua, querendo levar um pedaço de alguns dias comigo.

Sinto algo que está prestes a transbordar. Seguro a boca para que, involuntariamente, não saia um nome, uma declaração, uma palavra, um grito.

Olho o braço, procurando um rastro, uma pista, alguma impressão digital, um pelo solto, um beijo esquecido, atrasado.

Sei que estou feliz até a saudade bater - que por sua vez só doerá até venha outro dia desses - e me pergunto se vale a pena viver assim.

Ainda não assimilei a resposta final porque é um sentimento grande como nunca, forte como nunca, bonito como nunca, gostoso como nunca e foi bom, como sempre.

Por enquanto, deixa só eu sentir assim e pensar no problema quando (e se) ele bater à minha porta.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Saldo insuficiente

Sabe aquele dia que você sai ás 19:30 da terapia na Tijuca e o riocard não tem saldo suficiente para o metrô? Aí você olha na bolsa e só tem 2,30 que não paga a passagem do metrô?

Anda até o ponto de ônibus e o Zé Ruela diz que ali não tem ônibus nenhum para Ipanema.

Aí você sobe num 410 ou 409 com o riocard insuficiente, passa na roleta e senta a janela. Passa por ruas que trazem lembranças boas e ruins, saudosas e angustiantes, engraçadas e estranhas.

Fica hipnotizada com a floricultura colada na casa do biscoito, quase chegando no Estácio - uma mistureba de cores, de elementos que transbordam da loja até a calçada. Quer tirar uma foto, mas a câmera do celular não alcançaria a distância, além de não ter flash.

Passa pela Lapa e vê a quantidade de gente animada que tem nesse mundo. É terça-feira e a fila da "Gafieira" está dobrando a rua. Carlinhos de Jesus está lá dentro, com um semblante nervosíssimo. Pensa que poderia tomar uma cerveja sozinha num boteco qualquer, mas sabe que não vai descer do ônibus.

Faz baldeação na Riachuelo e segue para a General Osório.

É, você merece um picolé da Garoto.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

[ anônimo ]

Quem é o (a) anônimo (a) que está fazendo aula de moto?

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Tudo ao mesmo tempo agora. Uma coisa de cada vez.

Quando o troço tá brabo, a gente sai da terapia e vai direto pro Centro espírita.

Porque energia boa é sempre bem vinda.

Sudoeste - Adriana Calcanhoto

...tenho por princípios
Nunca fechar portas
Mas como mantê-las abertas
O tempo todo
Se em certos dias o vento
Quer derrubar tudo?...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Queridamiga

Rio, 4 de maio de 2009

(...)

Não sei se estou propriamente virando o jogo, não sei se seria justo com a expressão virar o jogo eu usá-la assim, nesse meu momento em que eu estou apenas tentando não deixar tudo desabar, porque tem horas que dá vontade. De desabar tudo. Aí eu fico procurando a tal da calma que me é tão necessária, mas que não lembro de tê-la encontrado alguma vez e absorvido da melhor maneira. Eu tô procurando, e é uma busca que me tira a paciência, sabia (rs)?

Aí eu olho para as outras pessoas, como disse no primeiro e-mail, e acabo vendo que elas são calmas, elas conseguem e quando não conseguem, nem sempre é tão ruim.

Aí eu penso que eu posso, e penso que você pode também.

(...)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Eu sou... DEMAIS!



E teje dito!