"Quero fazer contigo o que a primavera faz com as cerejas."
Nunca tinha ouvido falar no que acontece com as cerejas na primavera, mas Pablo me fez acreditar que é algo incrível.
E eu quero ser cereja na primavera e a primavera pode ser aqui na esquina.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
domingo, 17 de julho de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
do subjuntivo das coisas
Eu acompanharia os teus passos se você topasse dar as mãos.
Tomaríamos os espaços públicos, democraticamente.
Do topo.
no frio.
a
garr
armo-
ia-
nus.
E os perros mirando o mais puro dos estrangeirismos.
Tomaríamos os espaços públicos, democraticamente.
Do topo.
no frio.
a
garr
armo-
ia-
nus.
E os perros mirando o mais puro dos estrangeirismos.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Pé colado.
Não dava pra perder a chance de voltar pisando devagar no caminho que nunca foi tão longo do metrô até a minha casa. Tentei parar de reclamar e olhar pro céu recém chovido. Eu estava na rua e com o pé no chão. Os pés no chão, um depois do outro. A muleta que, quem diria, mereceu festejo. Lembrei o quanto eu queria a rua nos dias de clausura. Parei um pouco. Respirei. Talvez não tenha sido assim tão romântico, mas eu lembro do quão colorido o catavento da loja de flores ficou, no contraste com o céu opaco de dia frio carioca. Um pé, depois o outro. A vontade de dar boa tarde a todos que passavam, o desejo de mais um quarteirão, um festejo paciente pela evolução da pisada e as crianças que iam - ou voltavam? - da escola com guarda-chuvas e, inspirados pelo meu terceiro apoio, começavam a marchar com suas novas bengalas. O mais velho - ou apenas o mais esperto - ia na frente, guiando a trupe com palavras de ordem: pra frente pra trás pra frente pra trás!
Um pé, depois o outro, sempre, até chegar em casa e pisar descalça no chão gelado.
Um pé, depois o outro, sempre, até chegar em casa e pisar descalça no chão gelado.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
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