domingo, 26 de outubro de 2008

Post a esmo.

Pela primeira vez eu sentia algumas coisas e sentir coisas pela primeira vez costuma ser uma senhora duma primeira vez.

Tem primeiro beijo, primeira transa, primeira menstruação, primeiro dia de aula, primeiro dia de trabalho novo, tem primeiro último, primeiro segundo, e tem primeira sensação de morte, primeira vontade de ficar junto diferente, e alguns desses primeiros têm me perseguido de maneira intensa esses últimos anos.

A tendência é eu acabar me sentindo meio idiota, meio "corpo-grande-em-cabeça-pequena", mas a verdade é que eu acabei vivendo algumas coisas já meio depois do entardecer, se é que vocês me entendem.

As primeiras sensações de liberdade me vieram com alguns anos a mais e elas eram tão bobas que muitas vezes me envergonhava quando era flagrada dando alguma bandeira de felicidade por poder estar tão obviamente solta em alguma situação banal.

(No filme invasões bárbaras, a moça fala da sensação da heroína e da importância da primeira vez, que é atrás dessa sensação que vem as segundas e terceitas vezes, ainda que em vão. )

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