segunda-feira, 24 de maio de 2010

Rumo a.

Um nome para o dia de hoje? Liberdade. Dois nomes? Liberdade e esperança. Uma frase? Estou melhor. Um resultado? A dor de cabeça sumiu.

Pedi demissão e fiz um texto de despedida tão bonito que quase me emocionou. Desencaixotei sonhos, esperanças, expus meus nãos.

Saí pelo corredor trancando a porta e o elevador chegou assim que eu chamei e ele estava subindo. Entrei no elevador. A cobertura tem vista e não é para o horizonte. Não quero mergulhar nele. Quero a orla, a piscina, o lago, o rio. Eu desejo o real. É pouco e complexo, mas eu amo. Preciso amar as coisas e meus projetos, assim como amo Antonio. Assim como eu investi em nossas noites, nossos encontros. Preciso amar minha energia, usá-la a meu favor. Não ao horizonte.

Preciso tentar a primeira vez. Ana Maria citou Chico Xavier hoje ao telefone: algo como fazer algo que nunca se fez para conseguir algo que nunca se teve. Quarta feira, pré feriado de páscoa.

Perdi a contagem dos dias sem Antonio. Acho que estou fechando a segunda semana. Não conto com o colo de sábado, concessões não são encontros. Antonio não estava ali, não me beijou na despedida e não quer me ver de novo. E eu continuo sem querer conversar a respeito. Amo Antonio e isso não é mais novidade.

Estou envelhecendo e me parece normal que as novidades sejam cada vez mais escassas.

Um comentário:

Deveraneios disse...

"Estou envelhecendo e me parece normal que as novidades sejam cada vez mais escassas".
Não ache, ainda, normal! Lembre-se que envelhecer (aos trinta) é apenas um ponto de vista.