terça-feira, 4 de maio de 2010

Janela da Alma

Algo estranho com os meus olhos. Entre eles e o mundo, uma quebra. O lado de fora embaça; o de dentro, naufraga. Duas placas sem ponte, dois globos independentemente vivos. O de fora construído por dentro é meu e tão meu que pensa ser também o de fora, meu. Mas cada vez que olho de fora, mais um mundo aparece e assim é a progressão geométrica do que está errado com os meus olhos. Tem sempre mais um mundo pra ver e entender. A placa de dentro cansa de olhar pela janela, já é escuro.

Um comentário:

Camila Rosa disse...

olá, sou visitante, mas confesso que delirei nesse seu comentário.
isso ae, valeu :]