quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Necessário, apenas.

De novo e mais uma vez.

Respirou alto em sinal de cansaço e olhou em volta com ar de poucos amigos. Já não queria mais ser tão simpática. Precisava sair dali e nada parecia colaborar com suas necessidades. Resolveu, pela décima quinta vez, naquela semana, que sua vida urgia por mudanças. Pegou sua mochila, se despediu de todos e saiu, deixando o computador ligado, as folhas espalhadas pela mesa, os colegas incrédulos e nitidamente constrangidos.

Não esperou a chefe ir atrás dela, não chamou por nenhuma amiga, não passou antes no banheiro. Chamou o elevador e como ele não chegou em dois segundos, desceu pelas escadas correndo, sentindo, apática, algumas lágrimas que desciam por seu rosto, gelando o caminho por onde passavam. Ao passar pelos seguranças e pela recepcionista que lhe deram, em vão, boa tarde, a moça chegou até a rua. Sentiu o sangue voltando a circular e a respiração funcionando novamente. Precisaria, agora, bancar seu dia de fúria.

Juntou as moedas espalhadas na bolsa e entrou no primeiro ônibus que a levaria para casa. Precisava fazer as malas, pois não era apenas um espaço que combatia com seus desejos.

4 comentários:

Beta C. disse...

e continuo cada dia mais convicta de que agosto é um inferno astral coletivo.

:*

nanda disse...

vem!

Lady Shady disse...

"Eita!", como diria nossa cara amiga Letícia 'dus Balça'.

bjs, lindona mau-humorada!
Love you!

Aureliano Mailer disse...

Show!!!!!!!!!