domingo, 6 de julho de 2008

A repartição dos pães - Clarice Lispector

Porque nem sempre posso ser a guarda de meu irmão, e não posso mais ser a minha guarda, ah não me quero mais. E não quero formar a vida porque a existência já existe. Existe como um chão onde nós todos avançamos. Sem uma palavra de amor. Sem uma palavra. Mas teu prazer entende o meu. Nós somos fortes e nós comemos. Pão é amor entre estranhos.

in "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998

Um comentário:

Bia Prado disse...

muito lindo...
bjs queridona!