quarta-feira, 2 de julho de 2008

Essas coisas acontecem...

Segundo dia de análise nova. Terapeuta com porta-retrato do Freud e com divã marrom. Podia jurar que fumava um cachimbo, mas não fumava. Ainda aquele desconforto da fase that's me.

Segundo dia, início do início. No metrô ainda se pensa sobre o que dizer. Acho que vou contar que sonhei com a minha antiga terapeuta. Melhor não. Vai parecer que eu já quero me analisar no segundo dia, pretensiosa demais. Ôxi! Mas não é pra analisar? Já não começamos? É. Vou contar.

Segundo dia de terapia com um homem. Mas como eu posso contar sonho se ele não tem a menor referência minha? De onde ele tiraria elementos para trabalharmos isso? Ah. Problema dele, o analista não sou eu. Ti vira, amigo! Nunca fiz terapia com homem, vai parecer que é culpa de mulher, ele vai pensar que eu sou uma banana e estou sentindo como traição essa busca por uma análise com outra pessoa. Não vou contar o sonho.

Próxima estação: Cinelândia. Desembarque somente pelo lado esquerdo. Observe atentamente o vão entre o trem e a plataforma. Next stop, Cinelândia station.

Segundo dia, ainda nos conhecendo. Será que já começamos a terapia, ou ainda estamos num estágio anterior? É um bom papo pra se puxar. Taí. Uma metaterapia. Usar o espaço da própria para falar dela mesma. Então pra que isso? Basta eu não fazer a terapia para não precisar falar sobre ela. Ele vai achar que eu sou viciada em terapia.

PLOFT.

É... aí eu caí.

No elevador, assim sem mais nem menos: o pé virou, a mão não encontrou a parede, o celular caiu, os óculos caíram. E lá estava eu, de quatro no chão, sendo acudida – palavra horrível, essa! – pelo moço. Eu inventei que tinha torcido o tornozelo, e o pobre moço insistia para eu sentar um pouco na sala dele, e eu disse que tinha terapia no 6º anda, mas já estávamos no 7º. Não tem problema, eu subo e desço. Mas o elevador ia até o 17. É muita gentileza sua, mas não se arrisca descer um lance de escada aquela que acabou de cair ao entrar num elevador. Ele achou que eu tinha razão e me deu bom dia e melhoras. Eu agradeci, falei que mico, e ele falou mico nada, essas coisas acontecem.

Bom dia, Carolina.

Bom dia! Cara, levei um super estabaco no elevador.


(Ufa, eu já tinha assunto!)

*Ontem descobri que tem uma tal 4ª virada de Saturno depois dos 28 anos. Parece que é um período de estabacos na vida. Eu já tô treinada!

4 comentários:

Anônimo disse...

cair é normal. e em publico é melhor ainda... hehehehe
tropeçar sozinha em casa, chega a ser engraçado... tipo, sem ter ninguém pra comentar ou dar uma risadinha.

Marky disse...

Olá menina!! tudo bem contigo?

sumiu hein.

bjs
Marky

Letícia disse...

esse saturno é uma F...

Bia Prado disse...

Kerol, caí de novo. Aliás, quase caí... :)
bjs,