segunda-feira, 21 de abril de 2008

por nada

E só o que ela sabia, era se distrair. E assim passava seus dias, transformando em qualquer coisa cada hora vazia de seus dias que saíam todos do mesmo lugar seguindo para um único destino. Um bêbado catando latas às três da manhã, um lápis cravado no caderno. A barata que entrou no quarto, um dedo paralisado no teclado.

Um pedaço de casca de maçã entre os dentes, o pensamento completamente perdido e aquela voz martelando na cabeça. A própria voz que muitas vezes gritava acordando a casa, mesmo em silêncio não fazia diferente e brigava com seu mundo interno.

2 comentários:

Letícia disse...

Eu chamo isso de criatividade!

Anônimo disse...

tá escrevendo bem, hein colega de curso...