quarta-feira, 23 de abril de 2008

patchwork

Alimento-me de mim. Das minhas próprias vísceras, enquanto não consigo ouvir minha própria voz. Por isso canto junto com a música do computador que não deixa abafar o que vem a ser um grito disfarçado de Caetano Veloso, Tracy Chapmann ou Marisa Monte. O coração bate em ritmo de corrida, 80% da freqüência máxima permitida pelos professores da academia. Sou mãe de gêmeos que ainda não nasceram, mas escorrem em forma de sangue por entre as pernas todos os meses, desde muito tempo atrás. Os meus olhos enxergam perfeitamente as paisagens através das janelas, no fundo da foto, atrás do foco principal. Não se pode confiar nas câmeras modernas que permitem apagar o primeiro momento. Relações em dias de chuva valem ouro. Miscelânea de mim. Desgrudo agora a orelha que ocupava o lugar do dedo mindinho do meu pé direito. Música. Vento.

.S.O.N.O.R.I.D.A.D.E...

.R.E.T.I.C.Ê.N.C.I.A.S.

Não me culpe por falar sozinha.

Um comentário:

Letícia disse...

Ai, ai, acaba logo com essa fase de "muito trabalho" e volta logo a escrever aqui. Anseio pela "miscelânea de Carol".