quarta-feira, 19 de outubro de 2011

bosta

azul
o amor monocromático
nos olhos
de quem nada via e
desaparecia.
nus olhos.

tão visível quanto
o que sentia
era o chão que fazia terremotos
quando saía
a me deixar

sozinha

a olhos nus

criança maldita do
lado oco
lá dentro
a reclamar

por liberdade
de berço.

pelo não que
não se entende

por um não
de abandono.

Papai à roça
Mamãe a trabalhar.

Nenhum comentário: