De novo e mais uma vez.
Respirou alto em sinal de cansaço e olhou em volta com ar de poucos amigos. Já não queria mais ser tão simpática. Precisava sair dali e nada parecia colaborar com suas necessidades. Resolveu, pela décima quinta vez, naquela semana, que sua vida urgia por mudanças. Pegou sua mochila, se despediu de todos e saiu, deixando o computador ligado, as folhas espalhadas pela mesa, os colegas incrédulos e nitidamente constrangidos.
Não esperou a chefe ir atrás dela, não chamou por nenhuma amiga, não passou antes no banheiro. Chamou o elevador e como ele não chegou em dois segundos, desceu pelas escadas correndo, sentindo, apática, algumas lágrimas que desciam por seu rosto, gelando o caminho por onde passavam. Ao passar pelos seguranças e pela recepcionista que lhe deram, em vão, boa tarde, a moça chegou até a rua. Sentiu o sangue voltando a circular e a respiração funcionando novamente. Precisaria, agora, bancar seu dia de fúria.
Juntou as moedas espalhadas na bolsa e entrou no primeiro ônibus que a levaria para casa. Precisava fazer as malas, pois não era apenas um espaço que combatia com seus desejos.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
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4 comentários:
e continuo cada dia mais convicta de que agosto é um inferno astral coletivo.
:*
vem!
"Eita!", como diria nossa cara amiga Letícia 'dus Balça'.
bjs, lindona mau-humorada!
Love you!
Show!!!!!!!!!
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