Hora do almoço.
Aquelas histórias escabrosas de namorados que esperam a mulher engravidar para se declararem confusos e aparecerem, uma semana depois, apaixonados por alguma teenager que representa tudo o que eles diziam lutar contra.
Aí mentem, machucam e ficam muito bem, obrigado, decepcionadíssimos com o descontrole feminino, chocados com a suposta imaturidade de suas ex.
(In) felizmente, tenho amigos do bloco da testosterona que confessam:
É. Somos assim: enrolamos quando sabemos que a resposta é não. Inventamos desculpas e acreditamos nelas para sairmos das histórias com a consciência limpa, nos sentindo justos e honestos. Porque a cabeça do homem é simples, Carol. É sim ou não e quando ele diz 'não sei' ou 'talvez', joga para o campo do não, porque se fosse sim, ele estaria dentro. Um dia, ele vai entender isso e, optar se continua na molecagem ou se parte para a verdade.
Liderando as lições do bloco da testosterona, vem meu pai, com a célebre frase de minha primeira grande decepção com esse mundo nefasto do universo heterossexual masculino:
Filha, homem entra no puteiro e precisa se apaixonar pela puta pra poder trepar com ela. Aí trepa, paga e vai embora.
Ok, desde que não conquiste a puta, né, pai?
*
O importante é que no meio desses furacões, a gente descobre coisas e pessoas. Pessoas que estavam ali de algum modo, mas que, por falta de oportunidade, ainda não nos tinham feito tão bem. Pessoas que talvez nunca terão a dimensão da importância da ajuda. E são essas as pessoas que mais merecem saber.É um chopp que faz bem, um livro que lava a alma. um abraço que acolhe, um filme que vira análise, um cafuné.
2 comentários:
Te ofereço um chope, um livro, um abraço, um filme, um cafuné... O que você prefere? Tudo?
Verdade, moça...tudo verdade.
Belo texto.
bjs
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