Ela se maquiava, depois de bater forte a porta do abrigo e chutá-la, com toda sua força, pelo lado de fora. A marca da sola dos seus sapatos ficou quando ela foi. Agora estava no ônibus a caminho de algum outro lugar, que sabia ser bem pior do que o de antes, mas nesse agora de hoje, era o paraíso.
Para onde ir, quando o abrigo oferece perigo? A manhã anuncia uma noite sem rumo, com as agonias todas em aberto, impulsos. E se não descer no ponto? Qual seria o outro lugar possível? O mundo, pelo que parecia, fechava as portas aos poucos e o conceito de segurança ficava cada vez mais abstrato.
Pó e blush na palma da mão. Lenços demaquilantes. Com licença. A moça sentou ao seu lado. Pobre, sorridente. Inveja.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
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3 comentários:
Darling, o café comum mesmo. É que sou do tipo suscetível a substâncias químicas. Praticamente não tomo remédio pra nada. Só encho a cara mesmo. hehehehehehe Daí o café, com a minha ansiedade histérica habitual, faz o leu lindo papel.
Beijo grande!
P.S.: Tuuuuuuuuuuudo o seu último top 5!!!
"...mas eles não vão ver os meus pedaços por aí..."
maravilhoso, querida!
vc me inspirou a escrever um novo texto no meu blog.
bjs,
Pra onde vamos, Carol?
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